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Uma história que se conta e constrói dia a dia

História

A História da Fundação Começa no Futuro

Fundação Champalimaud

António Champalimaud é o inspirador do que aqui está. Quer em relação às decisões que foram tomadas, quer às decisões que estruturaram a Fundação, quer às decisões que vamos tomando e ao desafio a que vamos respondendo todos os dias. A principal fonte a que recorremos para tentar compreender como devemos fazer é: quem era António Champalimaud, o seu nível de ambição e a coragem com que ele fez a sua vida. Ele está aqui, de muitas maneiras. É a Fundação que ele quis deixar aos portugueses.

Leonor Beleza, in EconómicoTV

O princípio

A história da Fundação Champalimaud começa na mente de um visionário e empreendedor Português. António de Sommer Champalimaud, um industrial e financeiro de sucesso, dedicou parte da sua herança para a construção de um projeto de âmbito mundial na área da biomedicina.

No seu testamento, António Champalimaud deixou instruções sobre a gestão da Fundação Champalimaud. Especificamente, designou para Presidente a antiga Ministra da Saúde Leonor Beleza, e indicou que em conjunto com o advogado e amigo de longa data do Fundador, Daniel Proença de Carvalho, deveriam estabelecer as regras fundamentais de funcionamento da instituição incluindo a definição dos estatutos, a designação dos titulares dos primeiros órgãos sociais e a orientação a seguir.

À Presidente da Fundação, juntaram-se depois os dois elementos do primeiro Conselho de Administração: João Silveira Botelho e António Borges. Após as suas nomeações, foi realizada a primeira reunião do Conselho de Curadores em 14 de junho de 2005, a que compareceram personalidades de relevo internacional como a Mary Robinson, tendo sido eleito Presidente deste órgão o advogado Daniel Proença de Carvalho. Esta reunião marcou o início formal do processo de criação da Fundação. Na apresentação pública do Conselho de Curadores da Fundação, o Presidente da República Jorge Sampaio referiu-se à Fundação como “um exemplo para mudar (Portugal), através da ciência e da investigação”.

Definida que estava a orientação e gestão da Fundação, o primeiro desafio foi identificar as áreas que mais poderiam beneficiar dos montantes deixados por António de Sommer Champalimaud. A importância desta escolha não poderia ser menosprezada uma vez que definiria não apenas o futuro da Fundação, mas também o destino que seria dado ao testamento de António Champalimaud. A principal fonte de inspiração foi a própria personalidade do Fundador e o Conselho de Administração foi incansável na busca das áreas de intervenção que melhor correspondessem ao que António Champalimaud quereria. Para aconselhamento foram contactados alguns dos melhores e mais prestigiados institutos e personalidades mundiais. Iniciou-se assim um processo de procura de respostas, que passou por centros de investigação e ensino internacionalmente reconhecidos (como a Universidade de Harvard ou o MIT), e por reuniões com cientistas e laureados do prémio Nobel, de áreas diversas. Através destes contactos começou a estabelecer-se uma robusta rede de amigos, contactos e conselheiros que têm sido, desde então, fonte de apoio, orientação e inspiração. Paralelamente a estes primeiros esforços, foi também encomendado um estudo para análise da prevalência das doenças a nível nacional e internacional, bem como da distribuição do financiamento pelas ciências médicas. Depois de meses de estudo e discussão, surgiram destacadas duas grandes áreas onde a atividade da Fundação poderia alcançar um enorme impacto: as neurociências e a oncologia. O número crescente de situações de doenças relacionadas com estes dois domínios dava a clara indicação de que a Fundação Champalimaud poderia, aqui, fazer a diferença. Uma terceira área emergiu – a prevenção da cegueira – para fazer face a um dos maiores flagelos que afeta os países em vias de desenvolvimento e que continuamente se apresenta como um desafio para os investigadores e médicos de todo o mundo.

Foi neste campo da prevenção da cegueira que a Fundação estabeleceu o seu primeiro projeto, em 2006. Atribuído anualmente, o Prémio António Champalimaud de Visão no valor de € 1.000.000, é o maior prémio atribuído nesta área e pretende apoiar a luta contra a cegueira, em duas frentes - investigação de ponta e ações de prevenção e combate da cegueira no terreno, especialmente nos países em vias de desenvolvimento – que refletem a aposta da Fundação na ciência translacional.

Após o lançamento do prémio pelo antigo Presidente da Índia, APJ Kalam, a primeira edição do Prémio António Champalimaud de Visão foi entregue ao Aravind Eye Care System numa cerimónia que teve lugar a 7 de setembro de 2007, em Lisboa. Este prémio tem vindo, ano após ano, a ganhar importância no panorama internacional, contribuindo para ajudar os que trabalham no sentido de aliviar o peso das doenças da visão nos indivíduos e na sociedade.

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A História da Fundação Começa no Futuro

Mãos à obra

Em 2007 a Fundação Champalimaud deu início à sua atividade de investigação com o lançamento do Champalimaud Neuroscience Programme (CNP). Inicialmente hospedado no Instituto Gulbenkian de Ciência, este programa foi concebido para acolher os maiores talentos científicos na investigação das bases neurais do comportamento e assim fazer avançar o nosso conhecimento num território científico de elevada complexidade: o cérebro humano. Para complementar as suas investigações, o CNP e a Fundação Champalimaud, tomaram a decisão de iniciar um forte programa educacional avançado. O International Neuroscience Doctoral Programme (INDP) foi lançado em parceria com a Fundação Gulbenkian e a Fundação para a Ciência e Tecnologia para ir ao encontro desta decisão estratégica.

Tinha a Fundação acabado de dar início à investigação na área das neurociências e já inaugurava, a 30 de janeiro de 2008 a cooperação com o primeiro centro de visão situado na Índia em Hyderabad: o C-TRACER – Champalimaud Translational Centre for Eye Research. A rede C-TRACER, criada para promover a investigação avançada no campo da oftalmologia, inclui entretanto já três centros: na Índia, Portugal e Brasil. Após a inauguração do primeiro C-TRACER e num momento em que as atividades da Fundação começavam a ganhar impulso e expressão, foi implementado um dos seus mais relevantes projetos destinado a fazer chegar a ciência ao público mais alargado.

O Champimóvel, que foi apresentado em abril de 2008, é uma experiência móvel e interativa que convida as crianças a fazer uma viagem tridimensional pelo corpo humano. Enquanto estimula a sua imaginação, introduz os temas mais atuais da ciência médica moderna.

No final de 2008 alcançou-se um dos marcos mais significativos da história da Fundação. A 5 de outubro foi lançada a primeira pedra para a construção do Centro Champalimaud - um polo de última geração para a investigação e prestação de cuidados clínicos, em Lisboa.

Com projetos já em curso nas áreas das neurociências, visão e educação, a Fundação começou o ano de 2009 com a ambição de iniciar também a sua atividade no campo da oncologia, tendo como meta tornar-se uma das maiores referências mundiais neste domínio. Para este objetivo contribuiu o primeiro Champalimaud Cancer Research Symposium, que em maio de 2009 acolheu laureados do prémio Nobel e participantes de todo o mundo. Esta série de simpósios dedicados ao cancro está na sua quinta edição e faz já parte integrante do calendário científico nacional e internacional. Dando seguimento ao sucesso do primeiro simpósio, a Fundação fez o seu primeiro investimento direto para a investigação em cancro, através do Programa Champalimaud para as Metástases.
Nos primeiros tempos da sua atividade, a Fundação Champalimaud colaborou com várias instituições para criar e financiar programas avançados de investigação.

História - Mãos à obra

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A História da Fundação Começa no Futuro

História - O futuro não chega cedo demais

O futuro não chega cedo demais

Em 2010, no entanto, a Fundação começou a preparar as instalações e um ambiente de trabalho próprio que refletisse a sua filosofia e ambição. Dois anos após ter sido dado início aos trabalhos de construção, o Centro Champalimaud foi oficialmente inaugurado, no dia do centenário da República Portuguesa e na presença do Presidente da República, de vários prémios Nobel, colaboradores, amigos e consultores, todos quantos apoiaram e acompanharam o percurso da Fundação ao longo destes vertiginosos anos.

Alguns meses após a inauguração do Centro Champalimaud, o Centro Clínico Champalimaud recebeu os primeiros doentes e iniciou a sua missão de prestar cuidados de excelência nas áreas oncológica e de neuropsiquiatria, apoiados em programas de investigação translacional.

O Centro Champalimaud é agora um marco, não apenas na paisagem ribeirinha de Lisboa, mas também no mapa da ciência internacional. Em 2012, o Centro foi eleito pela revista norte-americana “The Scientist”, como o melhor local, fora dos EUA, para investigadores desenvolverem o seu trabalho de pós-doutoramento.

No Centro Clínico, os radioncologistas formam uma das poucas equipas no mundo que colocam em prática as mais avançadas formas de radioterapia de “dose única” guiada por imagem, permitindo que os doentes recebam tratamento em poucos minutos e numa única sessão.

A Fundação Champalimaud é ainda líder em soluções cirúrgicas inovadoras, nomeadamente em cirurgia robótica, procedimentos laparoscópicos e microscópicos, e trabalha com alguns dos melhores cirurgiões em todo o mundo. O seu Centro Cirúrgico, inaugurado em maio de 2016, é uma unidade de vanguarda e uma referência na abordagem cirúrgica minimamente invasiva.

Em todas as áreas em que está presente, a Fundação assume-se como líder e promotora de conhecimento. Todos os dias a Fundação trabalha para desenvolver projetos inovadores e encontrar soluções para os problemas de saúde mais prementes da atualidade. Não sabemos o que o futuro nos reserva, mas honramos o compromisso de colocarmos os recursos, a inspiração e a determinação do Fundador ao serviço da missão que assumimos, de fazer tudo ao nosso alcance para melhorar a qualidade de vida, a saúde e bem-estar da humanidade.

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